sexta-feira, 1 de outubro de 2010

BEBÊ

Um bebê foi encontrado na porta de uma empresa ao amanhecer.

Ao tomar conhecimento do fato, o Diretor Geral expediu ao Departamento de Recursos Humanos a seguinte comunicação:

De: Diretor Geral ------- Para Gerente de Recursos Humanos:

Foi encontrado em frente à nossa empresa, um recém-nascido de origem desconhecida.

Fineza providenciar a formação de uma comissão especial para, num prazo de 30 dias, apurar o fato, quanto:

* Se o recém-nascido é produto doméstico da nossa empresa;

* Se algum funcionário está envolvido com o assunto.

Ao final do prazo, a Gerência de Recursos Humanos envia a seguinte mensagem:

De: Gerente de Recursos Humanos ------- Para: Diretor Geral:

Após a realização da sindicância solicitada por V. Sa. a Comissão Especial concluiu que "Não pode ser produto deste empresa" pelos motivos a seguir alinhados:

* Na nossa empresa nada tem sido feito com prazer ou com amor;

* Na nossa empresa jamais duas pessoas colaboraram tão intimamente entre si;

* Aqui nada foi feito que tivesse pé nem cabeça;

* Em nossa empresa jamais foi feita alguma coisa que ficasse pronta em menos nove meses.

Esta é, na verdade, uma estória criada, mas que nos proporciona "material" para reflexão sobre algumas posturas que são vistas em grande parte de empresas.

Fatos como estes não são privilégio de empresas públicas ou privadas.

Se nos debruçarmos sobre o espírito que a estória nos oferece e compararmos o seu conteúdo com o que temos vistos pela vida a fora, podemos fazer um exercício de crítica e autocrítica e descobrirmos que nós próprios atuamos como os funcionários da estória.

Nem sempre estamos preocupados em buscar resultados positivos para a nossa instituição;

Nem sempre encaramos nossos colegas de trabalho como tal, mas como concorrentes que devem ser combatidos;

Preocupamo-nos em apontar os erros dos outros e não, ajudá-los a solucionar os seus problemas;

Não cumprimos os prazos, metas e objetivos sob os mais variados argumentos: válidos ou não; consistentes ou não; reais ou não;

Protelamos, procrastinamos ou simplesmente "empurramos com a barriga" (*) as nossas próprias decisões;

Reclamamos de nossas dificuldades representadas pelas falhas dos outros, da falta de apoio dos outros às nossas posições, da incompreensão dos outros, da falta de comprometimento dos outros ...tudo dos outros, porque nos estamos sempre fazendo certo.

Sugerimos, a cada um de nós, que leiamos este texto diante de um espelho, fitando os nossos próprios olhos!

Pode até mesmo ser que os problemas não sejam nossos, de fato !

Se assim for, vamos, pelo menos, ajudar aos outros a solucionarem os seus problemas, pois, (quem sabe?) os outros não nos ajudem a solucionar os nossos próprios problemas?

Valeu?

(*) - Conhecemos instituições que já até criaram o código "EB" para significar "empurrar com a barriga" quando não temos ou não queremos tomar uma decisão.

Nenhum comentário:

Postar um comentário