sexta-feira, 1 de outubro de 2010

O DOMADOR DE PULGAS

Era uma vez… um jovem que ficou perturbado ao ver um show circense. Um homem se auto-intitulava: “O domador de pulgas”.

Ele batia com um lápis num jarro de vidro destampado com várias pulgas. Elas pulavam, mas não saíam fora do jarro. Ele batia mais forte ainda, e as pulgas não pulavam para fora do jarro.

- Não pode ser truque, retrucava sua mente crítica; eu posso ver tudo através da lente de aumento gigante que fora instalada para o show. Desnorteado e incrédulo, ao final do show, lá estava ele diante do domador de pulgas:

- Parabéns! Eu nunca tinha visto nada igual. Mas, por favor, diga-me qual é o truque.

- Não existe truque algum, meu jovem. Pulga é igual ao ser humano. Coloquei-as dentro do jarro, tampei-o, usando um anteparo transparente, e bati fortemente na lateral do jarro, com o lápis.

As pulgas, desesperadas para fugir, pulavam com toda a força e projetavam seu corpo no anteparo. Com o tempo, observei que elas não tocavam mais o anteparo. Assim sendo, elas foram se acomodando e não mais pularam com toda a impulsão. Aí, foi só retirar o anteparo. A partir de então, elas não mais ousaram pular para fora.

- Até aí, eu entendi tudo. Mas o que pulga tem a ver com o ser humano?

- O ser humano tenta uma, duas, três vezes. Depois, ele não ousa tentar mais, acomoda-se, acostuma-se com aquele espaço e, mesmo provocado, não consegue sair fora da sua vidinha limitada pela prisão mental imaginária. Fica estagnado e confinado, lamentando a sorte e o destino!

AUTOR DESCONHECIDO

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